quarta-feira

Uma funcionária pública de 45 anos foi agredida dentro de um dos ônibus de transporte coletivo intermunicipal da empresa São João, que faz a linha entre  Sorocaba (SP) e Votorantim (SP). Ela denunciou o caso para a Polícia Civil, que investiga o incidente ocorrido no dia 11 de setembro.
A vítima conta que uma jovem entrou no ônibus, sentou-se perto do motorista e ficou conversando com ele. A funcionária pública achou que essa situação era errada, porque poderia tirar a concentração do motorista. Por isso, resolveu tirar fotos para fazer uma denúncia formal à empresa. Mas, segundo ela, quando decidiu fazer as fotos foi ameaçada e agredida. “Fui brutalmente agredida na volta do trabalho. Sou do tipo de pessoa que vê coisa errada e não consegue ficar quieta, então achei que deveria fazer alguma coisa. Por isso resolvi fotografar para denunciar para o fiscal com a prova, afinal, o motorista não estava prestando atenção no trânsito enquanto conversava com a amiga dele”, conta a funcionária pública. Segundo ela, assim que pegou o celular e fez a foto, a mulher se levantou, passou pela catraca e a ameaçou. “Eu disse que a denunciaria por ameaça, então levei o primeiro soco na cara”.
O estudante Fabiano Oliveira, morador de Votorantim e usuário da mesma linha intermunicipal, registrou com o celular o momento da briga. Ele enviou o vídeo por meio da plataforma colaborativa VC no G1(veja ao lado). O rapaz de 21 anos confirma que a agressão aconteceu depois que a vítima começou a fotografar a jovem conversando com o motorista. "Ela [vítima] dizia: 'vai atrapalhar o motorista. É perigoso ele bater o ônibus'."
De acordo com Fabiano, o motorista ainda tentou apaziguar a discussão das duas mulheres. "Ele chegou a pedir para a jovem ir para trás do ônibus". A garota foi para um assento no fundo ônibus, mas a discussão continuou, resultando na briga.As mulheres trocaram socos e puxões de cabelo.“O motorista parou o ônibus e nos separou. Depois voltou a dirigir”, complementa a funcionária pública. Ela conta que, ainda dentro do ônibus, chamou a Polícia Militar, mas a agressora "ria histericamente e dizia que mais um boletim de ocorrência na vida dela não faria diferença”.
Após receber atendimento médico, a vítima foi até o plantão policial acompanhada de policiais militares. No dia seguinte, também registrou a agressão na Delegacia de Defesa da Mulher. Depois disso, passou por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal. “Não sinto raiva de nenhum deles, mas estou denunciando por ser minha obrigação moral. É na covardia das pessoas que os marginais se sentem livres e impunes”, desabafa.
Fonte: G1

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